O Corda Nova começa a trajetória de “A Música das Américas” voltando aos anos 80 para revisitar grandes clássicos do repertório contemporâneo para grupos de violões, como as célebres Paisagens Cubanas de Leo Brouwer, e caminha em direção ao século XXI com o clássico belorizontino Shama, de Sérgio Freire, dos anos 90. Cruza a fronteira dos anos 2000 para trazer obras de composição mais recente, de norte a sul
do continente: Dos Estados Unidos, “Composure”, que, como as Paisagens e talvez Shama, se coloca como continuadora da tradição do minimalismo em música. A obra mais recente ainda não completou 3 anos de idade: Un Mismo Mí, de Germán Brull, foi composta para o Corda Nova e estreada nesta mesma sala, em 2012. Do Brasil, além de Shama, temos as Miniaturas e Ahnk de Roberto Victorio, através das quais o ouvinte pode situar um pouco da música brasileira em relação às Américas ao longo de todas estas décadas. Ao fim do concerto, esta viagem nos terá conduzido pelos atraentes territórios das estéticas contemporâneas que buscaram renovar a relação da música com o público, mostrando que a “música contemporânea” está, de fato, ao alcance de todos.